De cara, essa pergunta é moleza, é mais fácil do que tirar pirulito da boca de criança (bullying que deve ser combatido). Porém, ao analizarmos a condição de algumas escolas em Tobias Barreto, passamos a perceber que a questão não é tão simples.
Toda a complicação efetiva-se porque os professores precisam transmitir para seus alunos que a água destinada para o consumo humano, chamada de água potável, precisa ser inodora (sem cheiro), insípida (sem gosto) e incolor (sem cor).
Mas essa lição - as características fundamentais da água - eles não poderam aprender em muitas escolas. Inclusive alguns funcionários não aprenderam. Nem sempre é observada na hora de aprontar a alimentação dos alunos ou na hora de disponibilizá-la para beber.
Os alunos poderam aprender, sozinhos, através da anti higiene, ou seja, farão tudo ao contrário do que se testemunha na escola.
A água servida para os alunos de Tobias Barreto (e tenho certeza que de muitos outros municipios brasileiros) é completamente inadequada para o consumo humano pois a água tem cheiro estranho, possui coloração barrenta e tem até gosto de coisa "não agradável", devido à falta de limpeza periódica e regular.
Em muitas escolas, animais caem nas caixas d'água e morrem por lá mesmo, deixando sua carcaça em decomposição, para se misturar com a água que os alunos iram bebem.
Para nós, professores, cabe a péssima desculpa de dizer não percebemos isso porque... porque... AH! porque pagamos mensalmente a taxinha da água mineral e não usamos "essa água".. Se está bem para mim...
Pergunta-se!
Quem responder ganha um ponto:
É JUSTO EXPOR NOSSOS ALUNOS À TAMANHA FALTA DE HIGIENE E EM RISCO A DOENÇAS?
Lembremos Paulo Freire:
O que teríamos que fazer, então, seria, como diz Paul Legrand, ajudar o homem a organizar reflexivamente o pensamento. Colocar, como diz Legrand, um novo termo entre o compreender e o atuar: o pensar. (FREIRE, 1984 p. 67-68).
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