Seu eu fosse Drummond dirá:
E agora Jose?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José ?
e agora, você ?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama protesta,
e agora, José ?
Mas eu não sou JOSE.
Eu não faço rimas, não sei domar as palavras, nem encantar nossas
lutas.
E agora JOSE?
Eu apenas lutos, seguindo seu ritmo, ouvindo seus contos,
aplaudindo seu dom.
E agora JOSE?
Você foi embora, partiu de repente deixando na gente o sabor das
palavras, do seu jeito de usá-la.
E Agora JOSE?
Como ficam as lutas?
Serão sempre durezas, sem rimar com moleza ou encanto de letras, pois você
em presença já não estar.
Serão sempre lutas travadas, pois no meio da peleja, o guerreiro das
rimas já não faz mais seus contos, suas rimas, seus versos. Se encontra calado,
em seu jazigo enterrado, onde não ouvimos seu som.
Mas você não morre,
você é duro, José !
Mas JOSE, guerreiro não morre.

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