sábado, 29 de janeiro de 2011

Lutar, rima com...JOSE.


Seu eu fosse Drummond dirá:

E agora Jose?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José ?
e agora, você ?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama protesta,
e agora, José ?

Mas eu não sou JOSE.


Eu não faço rimas, não sei domar as palavras, nem encantar nossas lutas.
E agora JOSE?

Eu apenas lutos, seguindo seu ritmo, ouvindo seus contos, aplaudindo seu dom.
E agora JOSE?

Você foi embora, partiu de repente deixando na gente o sabor das palavras, do seu jeito de usá-la.
E Agora JOSE?
Como ficam as lutas?

Serão sempre durezas, sem rimar com moleza ou encanto de letras, pois você em presença já  não estar.

Serão sempre lutas travadas, pois no meio da peleja, o guerreiro das rimas já não faz mais seus contos, suas rimas, seus versos. Se encontra calado, em seu jazigo enterrado, onde não ouvimos seu som.

Mas você não morre,
você é duro, José !

Mas  JOSE, guerreiro não morre.
 Mesmo não estando presente; Mesmo o corpo distante; Sua idéia de luta vai conosco ficar.

Fica aqui a homenagem de todos que fazem o SINTESE, a este bravo guerreiro de luta, Professor Jose.

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