terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Seminário de Lianne Torres, PPP


SINTESE em parceria com a Administração Municipal de Tobias Barreto promove o seminário com Lianna Torres (Professora da UFS, mestre em Educação e co-autora de um estudo que trata dos programas de aceleramento e correção de fluxo: Se liga, Acelera), sobre o Tema Projeto Político Pedagógico, para os professores da Rede Municipal de Ensino.







Liana apresentou suas considerações e ponderações acerca do tema, deixando claro que o PPP não é algo novo (foi criado em com a LDB de 96) e só não esta no seu ápice, por que as secretarias de educação o transformaram em algo burocrático e sem valor concreto para as escolas. O PPP só terá eficácia quando for conquistado, por todos aqueles que fazem a escola.


Segue, uma pequena entrevista concedida por Lianna Torre.




Professores em Ação: - Professora Lianne, o PPP não é algo, no entanto existe uma mutação muito grande nos apresentado para nossas escolas. Cada gestor que assume o município tem uma visão, propõem novas metas, novas diretrizes, novos focos enfim. Esse é o problema?
Lianne Torre: - As secretarias burocratizaram os PPP. Tornaram uma imposição de cima para baixo. As escolas não assumiram como identidade. Esse é o grande problema.
Prof. Ação: - Qual o motivo para ele não tenha sido assumido pela escola?
L. Torres: - Cada coisa tem seu tempo. Quando os PPP não saem das experiências para fazê-lo e chegam às escolas, ele não é escolhido e cai no vazio. A escola precisa ter algo que atenda suas necessidades.  Não basta
          Estar presente;
          Comprometer-se em fazer alguma coisa;
          Colaborar;
          Vestir a camisa. Com esses elementos o PPP não flui.
Para ter uma eficácia, o PPP precisa:
          Conquistar
          Distribuição de poder
          Decidir em conjunto
          Possibilidade de todos usufruírem dos bens.

Professores em Ação: Em sua fala a Senhora usou a expressão “tirar leite de pedra”. O que a Senhora quis dizer com isso?
L. Torres: - É que nós professoremos não temos condição de trabalho; Nossas classes são lotadas; O aluno que chega à escola foi criado pela idéia de que a escola é apenas para fornecer alimentação escolar e bolsa escola para os pais. Falta-nos a preocupação com a riqueza intelectual, com o desenvolvimento da inteligência da criança e do aluno.

Professores em Ação: Em quais municípios o PPP acontece em sua plenitude?

L. Torres: - Já tivemos muitas experiências exitosa com os PPPs, como em Campinas, na época em que Corinta Gerald estava à frente da Secretaria de educação; no Mato Grosso. Na atualidade não me recordo de nenhuma experiência de grande destaque, porem percebo que existe uma relação muito forte Política maior do município e a política educacional. Onde existe essa relação, as experiências são positivas.
Nos ainda não temos esse avanço, essa ligação. Ainda estamos no esfera local.

Professores em Ação: Outra expressão usada em sua fala é que estamos em uma espécie de bomba relógio. O que a senhora quer dizer com isso?

L. Torres: - É que o PPP é um instrumento de poder e as escolas ainda não perceberam isso, ou fingem que não. Tratam como mais um documento. Apenas mais um calhamaço de papel sem valor!

Não estabelece relação de parceria com as comunidades que circundam a escola. É como se existe uma disputa de força. Mas é preciso entender que o "ladrão que rouba a escola", muitas vezes esta na própria comunidade, assim como os vândalos. Quando se estabelece parceria com a comunidade, ela passa ser guardião, olheiro de qualquer eventual vandalismos. Ela passa a se parceiro. 
Com o PPP essa parceria entre todos os entes da escola é resgatada.


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