terça-feira, 10 de agosto de 2010

O fio da Sociedade X A sociedade pelo fio.


Por: Estéfane Lindeberg.

Outro dia estava na praia descansado (que ninguém é de ferro!) e uma cena me chamou a atenção. Na verdade, confesso que ate senti medo, pois pensei tratar-se de um arrastão.
Para os outros olhos, aquilo passou despercebido, mas para mim, que tenho a péssima mania de querer pensar no futuro e no comportamento da humanidade, causou-me arrepio.
Mas, me deixe contar logo a cena, para que sua impaciência, não o prive de refletir comigo sobre esse tema. A cena foi a seguinte:
Um garoto de uns 12 anos no máximo, se enfurecia com sua pipa por que a mesma insistia teimosamente em não ganhar altura, mesmo ele já tento dado toda linha que dispunha no carretel. Pensei comigo: “Se que o pai deste garoto não teve tempo de ensiná-lo que quem faz a pipa voar é o vento e não a linha? Será que ele não foi explicado que a “liberdade” da pipa deve ser dada aos poucos, a medida  que ela for subindo?”
Minutos depois vi o menino correndo desesperadamente ate sua pipa, já que a linha havia arrebentado. Porem, no meio da corrida o garoto parou de correr. Pensei: “ como as crianças são indecisas! A segundo aquele garoto corria atrás da pipa, agora já não quer mais!”;
Mais alguns segundo depois outros garotos corriam ate outra pipa que acabara de se soltar. Desta vez o dono da pipa, um garoto já “truncado” de uns 16 anos corria ate o local sem desistência, e, graças a “gentileza” de outro garoto, o “truncadinho” apanhou sua pipa, pensei eu.
Após apurar o fato um pouco mais, descobrir que descobrir que existem regras para soltar pipas.
A pipa é sua, enquanto esta pressa na linha!
Não tem PROCON ou Código Civil que de jeito. Só te pertence se tiver em sua linha. Quebrou, já foi!!
Quem inventou isso? Qual foi o pai que ensinou isso para seu filho? Onde foi divulgado isso?
Nós não estamos percebendo, ou não queremos perceber, que estamos destruindo tudo. Destruímos  o passado, demolimos o presente e agora, estamos corrompendo nosso futuro. Tudo isso de forma “implícita”.
Os jovens já não sabem distinguir o que é roubo! Lembro que existia um ditado em minha meninice que dizia: “achado não é roubado!”
Mas na minha época isso só valia quando não se sabia quem era o dono. Hoje, sabemos quem é o dono da “pipa” e ainda assim dizemos “achado não é roubado”; Hoje, vemos um caminhão que tombou a carga, sendo saqueado pelos transeuntes e dizemos “achado não é roubado”; Hoje, vemos um lixeiro mais “bonitinho” na porta de uma casa e dizemos “achado não é roubado”.
NINGUEM SABEM QUEM É DONO?
PS. Minhas observações me fizeram descobrir que no caso do “truncadinho” não aconteceu gentileza, mas sim um punho acirrado quem fez devolver a pipa a seu dono, se é que ele comprou realmente !!!!

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