Por: Estéfane Lindeberg.
Outro dia estava na praia descansado (que ninguém é de
ferro!) e uma cena me chamou a atenção. Na verdade, confesso que ate senti
medo, pois pensei tratar-se de um arrastão.
Para os outros olhos, aquilo passou despercebido, mas para
mim, que tenho a péssima mania de querer pensar no futuro e no comportamento da
humanidade, causou-me arrepio.
Mas, me deixe contar logo a cena, para que sua impaciência,
não o prive de refletir comigo sobre esse tema. A cena foi a seguinte:
Um garoto de uns 12 anos no máximo, se enfurecia com sua
pipa por que a mesma insistia teimosamente em não ganhar altura, mesmo ele já
tento dado toda linha que dispunha no carretel. Pensei comigo: “Se que o pai deste garoto não teve tempo
de ensiná-lo que quem faz a pipa voar é o vento e não a linha? Será que ele não
foi explicado que a “liberdade” da pipa deve ser dada aos poucos, a medida que ela for subindo?”
Minutos depois vi o menino correndo desesperadamente ate sua
pipa, já que a linha havia arrebentado. Porem, no meio da corrida o garoto
parou de correr. Pensei: “ como as crianças são indecisas! A segundo aquele
garoto corria atrás da pipa, agora já não quer mais!”;
Mais alguns segundo depois outros garotos corriam ate outra
pipa que acabara de se soltar. Desta vez o dono da pipa, um garoto já
“truncado” de uns 16 anos corria ate o local sem desistência, e, graças a
“gentileza” de outro garoto, o “truncadinho” apanhou sua pipa, pensei eu.
Após apurar o fato um pouco mais, descobrir que descobrir
que existem regras para soltar pipas.
A pipa é sua, enquanto esta pressa na linha!
Não tem PROCON ou Código Civil que de jeito. Só te pertence
se tiver em sua linha. Quebrou, já foi!!
Quem inventou isso? Qual foi o pai que ensinou isso para seu
filho? Onde foi divulgado isso?
Nós não estamos percebendo, ou não queremos perceber, que
estamos destruindo tudo. Destruímos o
passado, demolimos o presente e agora, estamos corrompendo nosso futuro. Tudo
isso de forma “implícita”.
Os jovens já não sabem distinguir o que é roubo! Lembro que
existia um ditado em minha meninice que dizia: “achado não é roubado!”
Mas na minha época isso só valia quando não se sabia quem
era o dono. Hoje, sabemos quem é o dono da “pipa” e ainda assim dizemos “achado
não é roubado”; Hoje, vemos um caminhão que tombou a carga, sendo saqueado
pelos transeuntes e dizemos “achado não é roubado”; Hoje, vemos um lixeiro mais
“bonitinho” na porta de uma casa e dizemos “achado não é roubado”.
NINGUEM SABEM QUEM É DONO?
PS. Minhas observações me fizeram descobrir que no caso do
“truncadinho” não aconteceu gentileza, mas sim um punho acirrado quem fez
devolver a pipa a seu dono, se é que ele comprou realmente !!!!
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